Outro dia estava lendo sobre o poder de manipulação que esses artistas-criminosos têm. Fazem muito sucesso justamente pela habilidade de ficcionalizar, afinal, são eles mesmos personagens... E pode reparar, é geral em gente muito influente: gurus, padres, presidentes, cantores. Fizeram até um estudo em que descobriram que existem mais psicopatas entre CEOs que na população em geral.
Está aí uma temática mega complexa! Outro dia descobri que um autor que tanto admiro praticou terríveis coisas contra as mulheres e eu entrei em crise.
nossa que complicado, ontem mesmo estava nesse tema com uma amiga sobre um artista que fala de coisas maravilhosas e descobrimos que na real é bem diferente.
mas pra tentar puxar algum fio de caminho, quando estava lendo me lembrei tb de succession e todas as discussões que a série gerou porque ao mesmo tempo que a gente se via nos personagens tinham ações tão absurdas que causavam uma repulsa da gente admitir - tirando total dos casos que você trouxe que são de violência e crimes.
reflexão dificílima e muito bem construída. saio com nenhuma resposta e várias perguntas para me fazer (e, de quebra, ouvindo uma música aqui de boygenius que não conhecia e curti!)
Bom, o que me passa na cabeça é algo tipo o médico e o monstro. Autores são as duas coisas, seres humanos são as duas coisas. Na vivência da dualidade, o ser criativo toca no mais profundo da vivência humana por meio da sua obra ao passo que, na outra ponta, toca na experiência cruel (e criminosa) através do seu comportamento.
O produto literário estupendo parte de um ser defeituoso e moralmente deformado, afinal autores são humanos. E o ser humano é dual, maravilhoso e errado, inteligente e absurdo, sagaz e pecaminoso, tudo ao mesmo tempo.
A arte reluz com o brilho do que há de melhor nos seres imperfeitos e desprezíveis que nós somos (alguns mais do que outros).
Outro dia estava lendo sobre o poder de manipulação que esses artistas-criminosos têm. Fazem muito sucesso justamente pela habilidade de ficcionalizar, afinal, são eles mesmos personagens... E pode reparar, é geral em gente muito influente: gurus, padres, presidentes, cantores. Fizeram até um estudo em que descobriram que existem mais psicopatas entre CEOs que na população em geral.
Isso é assustador, na verdade. Não estão tão distante quanto gostamos de achar
Está aí uma temática mega complexa! Outro dia descobri que um autor que tanto admiro praticou terríveis coisas contra as mulheres e eu entrei em crise.
Nossa, até imagino quem seja. É uma dor terrível e difícil de explicar
😭 Sim é terrível!
nossa que complicado, ontem mesmo estava nesse tema com uma amiga sobre um artista que fala de coisas maravilhosas e descobrimos que na real é bem diferente.
mas pra tentar puxar algum fio de caminho, quando estava lendo me lembrei tb de succession e todas as discussões que a série gerou porque ao mesmo tempo que a gente se via nos personagens tinham ações tão absurdas que causavam uma repulsa da gente admitir - tirando total dos casos que você trouxe que são de violência e crimes.
Às vezes a nossa mente fica só presa entre essa repulsa/fascínio
reflexão dificílima e muito bem construída. saio com nenhuma resposta e várias perguntas para me fazer (e, de quebra, ouvindo uma música aqui de boygenius que não conhecia e curti!)
Que bom, Isis! Fico feliz em ter contribuído com as perguntas e referência
Que assunto mais difícil...
Bom, o que me passa na cabeça é algo tipo o médico e o monstro. Autores são as duas coisas, seres humanos são as duas coisas. Na vivência da dualidade, o ser criativo toca no mais profundo da vivência humana por meio da sua obra ao passo que, na outra ponta, toca na experiência cruel (e criminosa) através do seu comportamento.
O produto literário estupendo parte de um ser defeituoso e moralmente deformado, afinal autores são humanos. E o ser humano é dual, maravilhoso e errado, inteligente e absurdo, sagaz e pecaminoso, tudo ao mesmo tempo.
A arte reluz com o brilho do que há de melhor nos seres imperfeitos e desprezíveis que nós somos (alguns mais do que outros).
"A arte reluz com o brilho do que há de melhor nos seres imperfeitos e desprezíveis que nós somos"
é isso.