3 ComentĂĄrios
ago 19Gostado por Melissa de SĂĄ

nossa que complicado, ontem mesmo estava nesse tema com uma amiga sobre um artista que fala de coisas maravilhosas e descobrimos que na real Ă© bem diferente.

mas pra tentar puxar algum fio de caminho, quando estava lendo me lembrei tb de succession e todas as discussĂ”es que a sĂ©rie gerou porque ao mesmo tempo que a gente se via nos personagens tinham açÔes tĂŁo absurdas que causavam uma repulsa da gente admitir - tirando total dos casos que vocĂȘ trouxe que sĂŁo de violĂȘncia e crimes.

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ago 6Gostado por Melissa de SĂĄ

reflexĂŁo dificĂ­lima e muito bem construĂ­da. saio com nenhuma resposta e vĂĄrias perguntas para me fazer (e, de quebra, ouvindo uma mĂșsica aqui de boygenius que nĂŁo conhecia e curti!)

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ago 6Gostado por Melissa de SĂĄ

Que assunto mais difĂ­cil...

Bom, o que me passa na cabeça Ă© algo tipo o mĂ©dico e o monstro. Autores sĂŁo as duas coisas, seres humanos sĂŁo as duas coisas. Na vivĂȘncia da dualidade, o ser criativo toca no mais profundo da vivĂȘncia humana por meio da sua obra ao passo que, na outra ponta, toca na experiĂȘncia cruel (e criminosa) atravĂ©s do seu comportamento.

O produto literĂĄrio estupendo parte de um ser defeituoso e moralmente deformado, afinal autores sĂŁo humanos. E o ser humano Ă© dual, maravilhoso e errado, inteligente e absurdo, sagaz e pecaminoso, tudo ao mesmo tempo.

A arte reluz com o brilho do que hĂĄ de melhor nos seres imperfeitos e desprezĂ­veis que nĂłs somos (alguns mais do que outros).

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