🌕 Departamento de burocracia e licantropia
e outros contos da antologia "A lua é sempre a mesma"
🐺 Eu falei que tinha novidade e a novidade chegou! Saiu nessa lua cheia a antologia de contos de lobisomem A lua é sempre a mesma. E uma das histórias publicadas é minha!
“Departamento de burocracia e licantropia” vai contar a história de Nanda, uma recém-transformada em lobisomem que descobre que automaticamente virou funcionária pública do Conselho dos Bruxos de Minas Gerais. Afinal, os metamorfos cuidam da burocracia, né? Óbvio! Seus três colegas de repartição formam uma equipe minúscula pra muito serviço e caótica pra muita organização. Ah, e eles ainda se transformam em lobos uma vez por mês! Nessa comédia da vida comum e incomum, Nanda vai descobrir que tem algo de bem errado com o que parece ser a solução perfeita para os lobisomens mineiros.
Escrever essa história foi muito divertido (contei um pouquinho do processo e do que estava passando na minha cabeça aqui). A escrita foi bem fluida e alegre, apesar da escolha do título sempre ser uma loucura (é o segundo que é da
). Essa ideia de que o processo foi bom às vezes nos dá impressão de que tudo foi uma grande farsa (já falei sobre a alegria de criar e as neuras sobre isso aqui), mas acho importante deixar isso registrado. Se você é uma pessoa criativa que me lê por aqui, não custa repetir: você pode ser feliz no seu processo. A criação pode vir de um lugar positivo. Sofrer pra criar não faz sua arte melhor. Obrigada.Para quem tem interesse em processo criativo, esse conto não fugiu muito da minha rotina de escrita que basicamente é: fico ruminando a história por dias. Normalmente, se ela persiste, é porque vai vingar. Aí escrevo alguma cena que acho icônica direto no Word. A de “Departamento de burocracia e licantropia” foi a primeira mesmo. Depois, faço várias anotações no meu caderno criativo. Sinto que a coisa analógica me ajuda muito. Escrevo diálogos soltos, frases, faço desenhos desengonçados, coloco setas, muitas setas, risco tudo, escrevo perguntas para mim mesma sobre a história. Pra esse conto, escrevi partes inteiras à mão. Quando vou para o Word, é porque sei o que vou escrever. Isso evita aquela sensação de bloqueio criativo no computador, que sempre me causou muito sofrimento. Depois de tudo escrito no digital, reviso várias e várias vezes.
Sinopse de A lua é sempre a mesma:
A lenda dos lobisomens ressurge em uma antologia que transcende o tempo.
Da Revolta da Vacina (Antirrábica) no começo do século XX, passando por caçadoras de lobisomens no interior do Brasil, lojas de discos de vinil, punks de coturnos nos anos 1980, a rotina burocrática de um escritório em Belo Horizonte e um trio elétrico com Ivetão nos dias atuais — adentrando até mesmo cenários futuristas cyberpunks, esta coleção nos lembra que a lua brilha para todos, mas que cada lobisomem tem seu fardo para carregar.
Prepare-se para uma jornada onde cada página desvenda um novo fragmento da eterna dança entre o humano e a fera.
Você pode adquirir o seu na loja de e-books da sua preferência. ;)
Espero que se divirta com a história de Nanda e seus colegas de departamento.
Outros contos da antologia:
📚 Estou em ótima companhia em A lua é sempre a mesma! Confira os outros contos da coletânea:
“Cada cachorro que lamba”, de
“Esperanza é seu nome do meio”, de Lis Vilas Boas
“Todo astro tem sua luta”, de Marina Melo
“Se sou um cão, tem cuidado com estes dentes”, de Anna Martino
“E o que você vai fazer?”, de RJ Rossas
“Garras, presas e outras formas de encontrar prazer”, de Maria Anna Martins
“Baía de Lagos”, de Ariel Ayres
Os títulos chamaram atenção, né? Então corre lá no Instagram da Magh para ouvir as autoras e autores falando sobre suas histórias.
🌕 Hoje é lua cheia. Já deu uma olhada no céu hoje?